O DIA EM QUE COMECEI A VIVER!

A história de amor de quase todo mundo começa de maneira linda e cheia de lances emocionantes, sem noção de culpa perigo ou medo, mais no meu caso não me classificaria como parte desse todo mundo, pois não acredito no amor a primeira vista, pelo menos não acreditava mais isso, só até aquela tarde de domingo dia 16 de Maio de 2010, foi um dia daqueles, que havia acabado de terminar mais uma prova de concurso daquelas bem difíceis se encarar, mesmo despreparado eu fui fazê-la, a vontade era mesmo de ficar em casa naquele dia, a prova começaria as 15:00h, teria toda uma dificuldade da hora de voltar, porque a prova seria em Imperatriz e num bairro que nada conheço, Bacuri, assim mesmo decidi ir, quem sabe dessa vez eu não garantisse passar e ser um bancário, só mesmo nos meus sonhos, não havia estudado quase nada, e mesmo o pouco que estudei de nada me adiantaria, saí assim em direção ao meu destino, só pensava mesmo na viajem de volta, se ainda pegaria carro as 18h na rodoviária, se ainda acharia alguma van ou ônibus esperando.
Foi assim passando o tempo recebi a prova sai duas vezes para ir ao banheiro só mesmo pra lavar o rosto e tomar água, não estava gostando nada da cara que eu via no espelho, perdido, vago, sem noção, é como dizem lá fora, hoje meu lindo céu azul está cinza, eu estava num tédio só, foi aí que terminei o gabarito e me dei conta que deveria voltar pra casa. Peguei o moto taxi em direção a rodoviária, arriscar a vida em cima de uma moto na cidade que mais acontece acidentes de motos no estado, é a vida, chatice geral, alegria das clinicas ortopédicas espalhadas pelo centro da bendita cidade que agora deixava pra voltar a minha pacata vida de interior, se bem que lá e como cá. Chegando na rodoviária não havia ônibus me pediram que esperasse meia hora, não podia me atrasaria pra missa, resolvi ir ao ponto de vans e lá estava a pacata e salvadora van, antes disso havia visto na chegada a rodoviária uma garota que sempre me chamava a atenção por não se envolver com todos, ex namorada de um amigo, solteira? Sei lá! Não perguntaria, levantaria perguntas e eu sem resposta me calaria, resolvi apenas lanchar e saí pra o ponto de vans, daí chegando, a van ainda esperaria alguns minutos pra poder sair, daí pensando ter visto como sempre só de rápida visita aquela menina que deixei na rodoviária se aproximara da van para voltar pra cidade no mesmo carro, sorriu, sorri e sentou um pouco distante.

Passado tempo de espera entrei na van e ela logo depois sentou-se no banco de trás do meu, com o pé enfaixado, nem perguntei que seria, somente vi passar, alguns minutos depois, olhei pra ela e comecei a conversar com ela, nada de mais assuntos corriqueiros de fim de tarde e de viagem, até toca em assuntos voltados a igreja e grupos de oração teatro e dança, como estava ficando com dor no pescoço e meu lado estava vazio convidei pra sentar-se comigo, sem pensar duas vezes, ela aceitou e veio. Algo estranho já rolava ali, não era meu desejo total, queria mesmo o banco vazio, mas algo me pedia pra ela vir pro meu lado, me falou de seus problemas e eu dos meus cansada e com dores no pé que agora que sabia o motivo comovi-me até deixei que pusesse a perna sob a minha para não machucar no lastre do carro, ela aceitou meio sem jeito e ficamos mais juntos que antes, foi estranho olhar nos olhos dela e não sorrir de algo que ainda não entendia, era ela ou eu? Mas Deus foi testemunha que queria beijar a garota que nem conhecia direito, era um pouco difícil encarar e olhar de forma agradável a quem nem mesmo se tinha contato, eu não sabia o que dizer e voltei a falar de meus planos sonhos de futuro, ela falou dos dela e perguntei sobre a vida pessoal, sobre família, a conversa fluía e a viagem saia dos trilhos como apenas viagem de estudo, era uma viagem de conhecimento e reconhecimento, pois já nos conhecíamos mas não o suficiente para tanto, era mais uma experiência nova daquele dia que estava terminando.
Chegamos à rodoviária, e não queria deixá-la sozinha ali machucada e sem poder muito bem se locomover, procura ficar mais tempo e até ofereci o ombro pra ficar um pouco mais, ela procura por um moto tai não havia até que chegou a decisão de ir e eu devia ir a missa, tinha que ir mesmo, daí fui despedir-me dela e no toque do beijo no rosto houve uma sobrecarga quase/elétrica no meu corpo inteiro larguei e ela segurou minha mão, fui saindo com a mão na mão dela.

Foi algo muito estranho, fiquei com medo de abraçá-la e ter outra coisa de “errado”, eu não esperei e saí quase as pressas, ela se foi, não sabia se ainda a veria e nem mesmo se havia interesse da parte dela de me ver, na missa ainda pensava no que acontecia tanto que a missa passou e aquela sensação não havia passado, algo bom e agradável.


Entrei no MSN e lá estava ela on-line conversamos e ela foi bem empática e eu mais interessado continuei a conversar com ela, conversamos até quase cair de sono, foi quando descobri que aquilo que sentia dentro de mim era amor, e o que ela sentia era o mesmo sentimento que sentia e não estava enganado, dia 07 de Junho do mesmo ano começamos a namorar, esta história ainda nem bem teve um começo, é só uma virgula nesse imenso texto narrativo da vida, é só mais umas das milhares de histórias deste admirável mundo novo, é o inicio da história de Neurivan e Dayane.